A ferrugem asiática é considerada a doença de maior importância na cultura da soja. Segundo dados do Consórcio Antiferrugem, próximo ao fechamento do mês de janeiro já foram registradas mais de 120 ocorrências relacionadas à presença dessa doença nas diversas regiões produtoras do país.
O estado do Paraná apresenta a situação mais crítica até o momento, pois 42% dos casos registrados se encontram lá. Os estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo também lideram o número de registros, sendo que as ocorrências nesses três estados correspondem a aproximadamente 70% do total no país.
Os produtores devem ligar o sinal de alerta pois o número registrado no mesmo período na safra passada era menor do que a metade das ocorrências atuais. Um dos fatores que explica esses números foi a maior incidência de chuvas em janeiro de 2023 comparado ao ano passado. Além das condições de alta temperatura e umidade serem favoráveis ao desenvolvimento do patógeno, existem as dificuldades técnicas de se pulverizar as lavouras em épocas de chuvas intensas. Os fatores climáticos favoráveis ao desenvolvimento da doença somados ao aumento de 3,6% na área semeada são indicadores de que a presença da ferrugem asiática pode ser ainda maior na safra atual.
A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Seus sintomas iniciais são caracterizados pela presença de pontuações escuras que podem ser facilmente visualizadas quando as folhas são colocadas contra a luz, como você pode observar na imagem abaixo.
Figura 1. Sintomas da presença da ferrugem asiática em folhas de soja. Fonte: EMBRAPA Soja
O monitoramento da ferrugem asiática deve ser realizado desde a emergência da cultura, sendo intensificado no final do período vegetativo. Ainda, quando existem registros de ocorrência da doença na região, o produtor deve se atentar ainda mais ao monitoramento. Para conhecer a situação de ocorrência da doença, você pode consultar o site do Consórcio Antiferrugem.
As medidas de controle mais comuns são baseadas na aplicação de fungicidas químicos. Ressalta-se a importância da rotação de modos de ação em programas de manejo da resistência do fungo aos fungicidas. Ainda, é adotada a estratégia do vazio sanitário, que é um período de ausência de plantas vivas de soja em campo, para diminuir o inóculo do patógeno na região. As datas do vazio sanitário variam entre as regiões produtoras, devendo durar, pelo menos, 60 dias. Para saber mais sobre o monitoramento e manejo da ferrugem asiática, acesse o informativo na EMBRAPA soja.
Com o desenvolvimento da cultura, é necessário realizar o monitoramento frequente da lavoura para evitar as perdas relacionadas a essa doença. Ferramentas digitais podem auxiliar muito nessa tarefa! Assista a seguir nosso vídeo e veja o que a tecnologia Farmbox pode te oferecer
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