Atualmente, o Brasil é o quinto maior produtor e o segundo maior exportador de algodão. Segundo informações da Conab, na safra 2018/2019, as exportações nacionais somam 1,7 milhão de toneladas.
As projeções do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) é que a safra 2019/2020 poderá superar 2,5 milhões de toneladas exportadas, e o estado nordestino tem participação relevante neste crescimento.
Atualmente é o segundo maior produtor de algodão do país, fibra que é conhecida como ‘Ouro branco do cerrado’. Atinge 25% da safra e tem previsão de 15% de crescimento para a safra 2019/2020.
A cadeia produtiva no estado emprega mais de 30 mil pessoas. A previsão é que o estado produza 1,5 milhões de toneladas na próxima safra com produtividade de 300 arrobas/hectare.
A safra 2018/2019 foi considerada histórica para os cotonicultores e foi marcada por uma alta produtividade e recordes históricos nas exportações. Apresentou crescimento de 25,5% da área cultivada atingindo 331.028 mil hectares produzidos. Todos os dados se referem ao último levantamento realizado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A cotonicultura se inseriu na Bahia no início da década de 90, principalmente através do incentivo de produtores e entusiastas locais que não queriam que a soja fosse a única commodity cultivada na região.
Para iniciar o projeto, os esforços foram direcionado para otimizar a assistência técnica, dias de campo, consultoria e palestras junto a centros de pesquisa e universidades da região.
A ousadia dos primeiros produtores em expandir a tecnologia de produção elevou o estado para o patamar de produção em que se encontra hoje.
A Bahia contribui para o cenário favorável do algodão no Brasil, cuja a produção é em parte destinada para o comércio nacional, mas principalmente exportado para os países asiáticos: China, Vietnã, Turquia, Coreia do Sul e Bangladesh. Atualmente, o desafio dos produtores e exportadores é resolver problemas de logística para conseguir ser mais competitivos no mercado internacional.
A forte concorrência do algodão produzido no estado frente aos concorrentes internacionais impressiona.
A qualidade, o volume e principalmente a constante oferta de produto são destacados como diferenciais do estado na produção brasileira.
O algodão do oeste da Bahia, é descrito pela Embrapa como o melhor do Brasil, além disso, a cultura tem perspectivas positivas para os próximos anos, principalmente por conta do aumento na renda média e da população da Ásia, a recente demanda da China, por consumo do produto abriu uma grande janela de oportunidades para o algodão baiano.
O futuro se mostra promissor principalmente pela qualidade do produto, avanços nos métodos para controle de pragas e doenças tropicais, obtenção de variedades mais produtivas, o desenvolvimento de sistemas eficientes de produção e a destacada organização da cadeia produtiva dos produtores são fatores decisivos para o mercado nacional e internacional.
Para garantir a produtividade no setor, a de tecnologia tem se apresentado como um grande diferencial. O uso de software para planejamento de insumos, rotação de produtos e culturas e o controle da principal praga do algodão, o bicudo do algodoeiro, se mostraram ferramentas valiosas para o crescimento da produtividade. Aliás, o bicudo do algodoeiro pode destruir até 70% da lavoura em uma única safra.
Um dos desafios apontados na produção, é a exigência cada vez maior de fibras produzidas com menos insumo e menos impacto ambiental. Por isso o monitoramento e controle efetivo da praga é fundamental. Ao monitorar corretamente a praga, os desperdícios são minimizados e o rendimento das aplicações é otimizado. Tudo isso garante mais lucratividade e a certeza sobre as quantidades adequadas de aplicação a serem realizadas. Fora da porteira, a fibra do algodão passa por diversas análises como comprimento, espessura e qualidade do produto.
Na última reunião do Conselho Consultivo da Abrapa (vide site) foram discutidos os novos desafios para a cultura do algodão na Bahia e quais os pontos de tomada decisão são fundamentais para a continuidade do crescimento do setor. As principais necessidades observadas foram a modernização dos laboratórios de análise de fibras, tecnologias de monitoramento, gestão e adequação às demandas de exigências internacionais. Também foi apontado a necessidade de parcerias público e privada para desenvolvimento de pesquisa aplicada. Além disso, um projeto inovador que permite estocar algodão em contêineres e levar até o porto de distribuição também foi discutido.
Frente a todas essas informações é importante ficarmos atentos no mercado e nas novas tecnologias de produção de algodão na Bahia. O estado tem se mostrado muito efetivo no aumento de qualidade do produto e usa a ciência e tecnologia para melhorar constantemente o cultivo.
A disseminação de conhecimento entre os produtores agrícolas é fundamental para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro como um todo. Aqui no blog, temos a missão de levar tecnologia para todos os estados brasileiros e conectar os agricultores.
Continue acompanhando o blog da Farmbox, aqui compartilhamos informações importantes para a tomada de decisão do produtor rural, por isso continue nos acompanhando e vamos juntos aliar o conhecimento a produtividade no campo.
Fontes:
Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) – http://www.abag.com.br/
Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB: www.conab.gov.br
Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) – https://www.usda.gov/
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – https://www.embrapa.br
Grupo Cultivar – https://www.grupocultivar.com.br/noticias/plantacoes-de-algodao-na-bahia-apostam-em-tecnologia-para-aprimorar-pulverizacoes
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