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Plano Safra 2019/20: O que vem por aí?

Atualizado: 25 de jul. de 2023

Depois de muito tempo separado, o pequeno, médio e o grande produtor rural estão trabalhando juntos para garantir alimento para todos. No Plano Safra 2019/20, o primeiro após a reunificação dos ministérios, o governo reservou R$ 225,59 bilhões para o plano agrícola e pecuário, que alcança a cifra inédita de R$ 1 bilhão.

O governo liberou mais verbas para os pequenos produtores e os médios produtores serão beneficiados com aumento de 32% nas verbas de custeio e investimento. Outra boa novidade é que o agronegócio passa a ter mais opções de financiamentos em bancos.


Os recursos da LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) para o crédito rural foram ampliados para R$ 55 bilhões. Haverá ainda permissão para que a CPR (Cédula de Produto Rural) seja emitida com correção pela variação cambial. Para os programas, a taxa de juros varia de 3% ao ano a 10,5% ao ano. Uma das novidades é a mudança no limite de crédito do Moderinfra.


Com o início da safra 2019/20 temos alguns assuntos que precisamos acompanhar:


Dólar: A expectativa do mercado financeiro é que o dólar fique perto de R$ 3,80 no fim deste e do próximo ano.


Clima: O Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia (NOAA) diminuiu consideravelmente a chance do El Niño continuar nos próximos meses. De pouco mais de 60% no boletim passado, a chance caiu para menos de 50%. Enquanto isso, a possibilidade de neutralidade aumentou de 33% para aproximadamente 50%. No trimestre de julho a setembro, a chance de neutralidade chega a quase 60%, enquanto que a probabilidade de El Niño diminui para menos de 40%.


Produção de soja: Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a expectativa de produção de soja no Brasil no ciclo 2019/2020 é de 117 milhões de toneladas, contra 115 milhões de toneladas do ano passado, significando uma alta de 1,7% (projetadas pela Companhia Nacional de Abastecimento).


Área plantada: O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) já começou a fazer os cálculos de total plantado no estado. Neste ano, a área plantada deve subir apenas 0,59%, atingindo 9,7 milhões de hectares. Se confirmada, esta será a menor área dos últimos anos.


Fertilizantes: O preço dos fertilizantes fosfatados e o cloreto de potássio já caíram, segundo a consultoria INTL FCStone. Essa queda foi puxada principalmente pela baixa do dólar.


Custo de produção: Segundo levantamento feito pela Imea, os custos de produção totais da safra 2019/2020 já são os mais altos da história no estado, chegando próximo de R$ 3.912,80 por hectare, 5% a mais que os R$ 3.628,54 do ciclo anterior. Se os custos fecharem assim, eles irão superar até os valores da safra 2016/2017 (recorde histórico) que eram de R$ 3.862,81.


Renda: Depois de ter crescido quase 20% em 2018, embalada pelas exportações para a China, a renda nominal agrícola deve ter queda de 0,16% neste ciclo, segundo projeções de analistas. Ainda que pequena, a mudança de trajetória é simbólica. Se confirmada, será o primeiro recuo desde 2010.


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