Nome científico: Spodoptera frugiperda
Os danos resultantes da ação da lagarta-do-cartucho vêm se intensificando nos últimos anos devido à resistência da praga aos inseticidas e ao uso indiscriminado destes produtos, que eliminam os seus predadores naturais. Outra causa do insucesso no controle da lagarta é o início tardio do combate, pois a planta já se encontra em estágio de crescimento avançado.
A lagarta está presente em todas as regiões produtoras, podendo atacar, além das lavouras de milho, plantações de algodão, soja e arroz. Os seus ovos têm coloração verde-clara, tornando-se alaranjados com o tempo. As larvas, inicialmente, são claras, passando para pardo-escuro a esverdeadas até quase pretas. O formato de Y na região frontal de cabeça é característico da praga.
Ciclo biológico: os ovos duram de dois a três dias. Já a mudança para larva ocorre em um período de 12 a 30 dias, dependendo da temperatura. As larvas iniciam a sua alimentação pela casca dos ovos, passando para as folhas novas das plantas. Nesta fase, a larva pode atingir mais de 2,5 cm de comprimento. Geralmente, encontram-se poucas lagartas de uma mesma idade por planta devido ao canibalismo praticado por elas.
A transformação em pupa é feita no solo, com duração de 10 a 12 dias, chegando a medir 15mm de comprimento. A partir daí, o inseto emerge do solo em sua fase adulta, com 35mm de envergadura, em média. As asas têm pontos claros na região central. A fase adulta perdura por 12 dias.
Reprodução: a fêmea pode pôr de 100 a 200 ovos por vez, em camadas sobrepostas. Durante a vida, uma única fêmea pode colocar de 1,5 mil a 2 mil ovos.
Partes da planta afetadas: folhas, flores e frutos.
Fase em que ocorre o ataque: do surgimento dos botões florais até o aparecimento do primeiro fruto.
Danos causados pela praga: As larvas provocam a raspagem das folhas, podendo haver perfurações em formatos variados causadas pelas larvas mais desenvolvidas. Em situações de grande infestação, há ataques que ocasionam a queda da planta, ou o chamado “coração morto”.
Dicas para o controle da praga: Após fazer o monitoramento preciso para ter informações como o nível de infestação e o estágio de crescimentos dos insetos. Além de fazer o manejo integrado de pragas (MIP), também é interessante apostar no manejo de resistência dos insetos (MRI). Estão entre as práticas do MRI:
Monitoramento da lavoura
Rotação de culturas
Uso de inseticidas na dessecação
Rotação dos princípios ativos dos inseticidas
Tratamento das sementes
Utilização de grãos geneticamente modificados
Adoção de áreas de refúgio
Controle de plantas daninhas
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