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Startups invadem o agronegócio

Atualizado: 26 de jul. de 2023


Nos últimos anos o agronegócio vem atraindo empresas que oferecem soluções tecnológicas para facilitar e aprimorar o trabalho no campo. As chamadas startups do agro ou agrotech expandiram-se 70% nos últimos cinco anos.

Segundo o coordenador do Comitê Agrotech da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Alexandre Bio Veiga, o movimento no Brasil ainda é pequeno, mas o canário está mudando.


As startups da agro vem atraindo jovens com o perfil empreendedor e que buscam autonomia. Segundo dados da ABStartups, são 4.180 empresas cadastradas no país. No agronegócio, há 23 empresas, mas há outras áreas que se relacionam com o meio ambiente. No agronegócio, a criação é feita a partir de demanda específica.

Mas além de ser um mercado em constante crescimento, cerca de 90% das empresas deixam de existir até o segundo ano de vida. Para a ABStartups, a causa disso é o fato das startups não conseguirem provar que seu modelo de negócio é adequado para o aquele público.


A trajetória da Checkplant no agronegócio.

Provar que seu modelo de negócio funciona para o seu público não é uma tarefa simples, esse problema também foi enfrentado por nós da Checkplant. Em 2003, quando fundamos a Checkplant, desenvolvemos um software que rastreava frutos desde a produção, processamento, até a saída da fábrica. Apesar de comprovarmos a eficácia, os clientes locais não eram atraídos pelo produto elaborado por mim e pelo André Cantarelli. Mas nós não nos deixamos intimidar e partimos em busca de novos clientes em outras regiões, pois acreditamos no projeto.


Apresentamos o projeto para os produtores do Vale do São Francisco, na cidade de Petrolina (PE), que tinha como foco a uva de mesa para exportação e o resultado foi a criação de um software de gerenciamento, que foi denominado na época de “Caderno de Campo” e um software de rastreabilidade de estoque, denominado “Checktracing”. Os clientes da região acabavam contratando os dois serviços. A experiência nos motivou a desenvolver outros aplicativos como o Farmbox, por exemplo.


O Farmbox é um software que identifica e georreferencia as primeiras ocorrências de insetos pragas na lavoura e mensura as densidades das infestações com maior precisão, dando um suporte realístico para que os decisores recomendem a execução de aplicações de defensivos agrícolas no timing ideal, conferindo maior eficiência e a melhor relação custo-benefício, além de mitigar riscos de reaplicações indesejáveis. Assim é possível ter informações com precisão e em tempo real, de qualquer lugar que você esteja.


A expectativa era ampliar a base de clientes entre 100% e 150% até esse ano. E para 2017, nossa meta é dobrar os resultados desse ano.

Outro ponto igualmente importante para levar um negócio assim adiante é a qualificação constante. Não basta criar algo viável e de interesse, é necessário aprender a** gerenciar seu negócio.** Uma solução para isso foi criada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RS), que instituiu o programa Desenvolver e Fortalecer as Startups Gaúchas – Startup-RS. Durante cinco meses, o projeto oferece suporte, consultoria e acompanhamento. Débora Chagas, coordenadora do programa de TI e de startups do Sebrae/RS, diz que há muitas oportunidades para quem se dedica a esse modelo de negócio pois a demanda por soluções é cada vez maior.


O panorama favorável das agrotechs, além do desempenho no setor primário, é impulsionado pelo ingresso e investimento de grandes corporações nacionais e estrangeiras.

Clique aqui e conheça um pouco mais sobre a nossa startup.


Alexandre Fachinello

Fonte: ZH


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